Posso pecar por ser tão intensa nos sentimentos, mas a saudade que sinto da minha terra mãe arde-me no peito como um incendio sem rescaldo anunciado.
Como era grande o meu sonho! Em pequenina sempre sonhei com o estrelato. Quando me perguntavam " o que queres ser quando fores grande? ", sempre respondi, cantora, ou atriz, mas de preferência as duas coisas. Ser conhecida, famosa aclamada... era a ambição da minha meninice. Mas faltou-me a garra, o empenho, e uma mão amiga que me motivasse. A minha mãe sempre foi (e ainda o é) de pés bem assentes na terra, nada de sonhar muito alto, e nunca me motivou muito para essas profissões. Mas ainda bem, porque para cantora não tenho jeitinho nenhum. Esta voz maravilhosa de cana rachada e desafinadissima, ia fazer cá um sucesso! Quanto a actriz a história é outra. Sempre amei o teatro e agarrei todas as oportunidades de participar numa peça com unhas e dentes, fossem elas da escola, da catequese, ou outra qualquer. Lá estava eu, na primeira fila prontinha para me oferecer para participar. O que importava era estar em cima do palco. Que maravilha.... o palco. Um espaço onde a r